sábado, 17 de dezembro de 2016

Chapeuzinho vermelho (Continuação, parte ?)

O lobo bate à porta.

Knock! Knock! Knock!
Nada, silêncio, nada.
Toc! Toc! Toc!
Quietude, silêncio. . .depois...
Cadeira sendo arrastada
Uma voz anasalada
Um pouco rouca e cansada.
-_Quem bate a minha porta
Nesta hora louca?
Não espero nenhuma visita.
Barulho de uma limpada
Um tanto áspera de garganta.
-_advinha se puder!
E ganhe uma dentada!
-_não posso, não estou a te ver.
Silêncio novamente, tudo quieto,
Dentro e fora da casa,
E nenhum barulho por perto
Nenhum piado ou bater de asas do mosquito,
Só um cheirinho bem esquisito
Que sentia a vovozinha...
-_por favor, abra a porta.
Sou um viajante da estradinha
Que me parece muito torta.
-_então, qual seu nome criatura,
Te conheço alma pobrezinha?
-_não sei, depende ô de casa.
-_não entendi... ô de fora!
-_sei que está preocupada
Com sua segurança toda,
Sou da paz, eu já vou embora
Juro, se não abrir a porta...
-_ora, aqui na floresta
Todos se conhecem ao outro,
Pelo cheiro que sinto
Por sinal nada agradável
Você é um lobo, eu pressinto.
-_acertou e cheio, eis um fato admirável
Para quem não me vê nada mau,
Eu sou o velho lobo mauuuuuuuu!
Ops! Desculpe escorregou.
-_ah! safado, não me enganou,
mas você não é o tal
Vou ligar agora para o florestal
Um velho amigo fiscal.
Silêncio, dentro e fora da casa
Só se ouvia o barulho do vento, o canto
Dos pássaros e do bip do celular...

-_tomara que não caia na caixa postal...

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