segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Domingo


I


Domingo de todos os sinos
De todos os fiéis,
Igrejas, mesquitas, sinagogas.
Domingo da cidade vazia
Com os personagens em suas casas,
Casas vazias e personagens vazios.
Domingo de sossego e alegria.
Domingo nada mais que um dia.

Domingo que tem a força
De ser sentido na segunda,
Medido com amargura
Pela força do amanhã
Ser uma nova segunda-feira.

Domingo tem cheiro diferente, 
De uma grande alegria,
Pois é domingo.
Domingo de caminhar pelo campo
Domingo de vagar pela praça
De sentar vazio no banco
E olhar indiferente para o coreto
Vazio de tanta espera.
Domingo tão denso é
Que dá vontade
De nele flutuar

Em pensamento.

(Celso Antonio - janeiro de 2015)

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