terça-feira, 12 de julho de 2011


PÃO

Bendito pão nosso de cada dia,
Abençoado, benfazejo alimento,
Santificado pelas mãos do Mestre,
Presente na mesa de todos, é universal.
De vários formatos,
Tamanhos e cheiros.
Diversos sabores,
Diversas são suas cores,
Simples pão, grande pãozinho
Mais elaborado,
Magnificamente confeccionado.
Doce só ou doce com frutas
Ou o habitual salgado.
A receita não é segredo.
Há milênios,
Em algum instante no tempo,
Que ninguém consegue precisar.
Num laboratório alquímico foi manipulado,
E um rei nasceu para o mundo:
Água cristalina da fonte que traz a vida,
Farinha do trigo que dourou o campo.
Fermento mágico que o faz crescer.
Mãos poderosas, hábeis, amassam e o faz macio.
Fogo antigo, amigo, o assa e lhe dá cor,
Fazendo-o transpirar o cheiro inconfundível,
Característico, avisando a todos que está pronto
O pão novo.

Bendito pão que mata a fome,
Sacia a alma dos desesperados,
Lembra que a vida é um continuo retorno.
Bendito pão.
Bendito também aquele que o sabe repartir.
Amém!

publicado no livro "Porteiras" , pg. 69, maio de 2010 - Editora CBJE.


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