quarta-feira, 11 de maio de 2011


PÔR-DO-SOL

I

Chega o fim do dia,
E uma doce melancolia
Invade o cenário, tudo começa
A se transformar em poesia.

O sol declina no horizonte,
Despede-se colorindo as nuvens,
O vermelho, o ouro, transbordam
Derramam-se enchendo o cálice da alma,
De estupor, de contentamento por tanta beleza,
De amor por uma coisa indescritível.

II

O sol lá no poente
Espicha aqui as figuras
Em sombras sobre a grama.
Quer esticar
Os últimos momentos
Do dia que finda.
Sombras douradas
Desenham-se no chão,
Raios de sol são
Coados por entre os ramos.
Sombras douradas
Que iluminam
Com cor de ouro a grama.
Sombras douradas
Que se dissolvem
Mansamente no ar
Fundindo-se,
Esculpindo o amanhã.


Celso Antonio dos Santos
Do Livro: Caminhos, Pôr-do-sol

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